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Happiness junkie


Adoro ler livros sobre a psicologia da felicidade. Mas foi bem por acaso que tropecei numa foto de uma amiga que falava que tinha comprado um determinado livro e que achava que ia gostar, nem sequer era ainda uma recomendação. Não sei bem porquê, se foi a capa que me atraiu se foi o tema, se as duas coisas mas encomendei o livro num ápice e num ápice o li.


O livro é escrito por uma nova-iorquina que era advogada e que um dia chegou à conclusão que os dias são longos mas os anos são curtos e achou que não se estava a concentrar suficientemente bem nas coisas importantes da sua vida. Decidiu fazer uma experiência durante um ano e tentar com alguns esforços bem direccionados, mudanças de hábitos e estudo dos ensinamentos preciosos de pessoas especialistas nestes temas, trazer assim mais felicidade para a sua vida e para a vida dos que a rodeiam. O livro chama-se The Happiness Project e devorei-o no Verão passado durante as férias. A Gretchen é uma autêntica bully da felicidade. Irradia energia e boa disposição e o mais interessante é que tudo é acessível e surpreendentemente simples de aplicar. Fiz naturalmente a minha selecção do que fazia sentido para mim e do que não fazia. Mas o que decidimos aplicar torna-se assombrosamente eficaz!


Ela bate muito na tecla dos hábitos e em como a nossa vida muda se adquirirmos ou quebrarmos determinados hábitos. Como por exemplo dormir mais (parar de olhar para o sono como um mal necessário), comer menos açúcar, cumprimentar as pessoas de manhã com alegria (warm hellos) e procrastinar menos. E técnicas para conseguirmos pôr todas estas coisas em prática de forma extremamente simples. Por exemplo, eu sou a procrastinação em pessoa. Meu Deus, a rainha da procrastinação, sou capaz de ter energia para correr 25 kms mas andar meses a arrastar tarefas que seriam despachadas num instante se me dispusesse a fazê-las. Às vezes são coisas simples como um telefonema, responder a um email mais extenso, comprar uma caneta de acetato ou um tubo de cola, fazer o IVA, ir aos correios, finalizar um trabalho que não tem prazo definido ou levar uma peça de roupa à lavandaria. Ou coisas mais importantes como este site que esteve em lume brando durante anos. E ando ali eternidades com aquilo a enervar-me porque nem faço nem risco da lista.


Ora o que a Gretchen sugere neste caso são duas coisas que a mim funcionam especialmente bem. Uma é agendar. Outra é a power hour. Agendar é escrever no meu planeamento semanal (ensinamento também da mestra. Antes era tudo ao deus-dará, agora tenho uma folhinha dividida por dias da semana) tudo o que tenho para fazer nessa semana, chego ao cúmulo de escrever coisas mínimas como levantar dinheiro para pagar consulta que não tem Multibanco, porque se não escrevo esqueço-me, é verdade, temos que ter paciência connosco, com as nossas limitações. Como coisas maiores como acabar um convite, imprimir, cortar e enviar. Sim, chego a escrever fazer, imprimir, cortar e enviar para ter o prazer de riscar 4 coisas. Parece um bocado coisa de gente maluca, não me oponho. :) Depois entra a power hour, decidir que aquelas coisas chatinhas e desinteressantes que por algum motivo não passam à acção e que consequentemente nos moem o juízo, serão feitas por exemplo na 3ª feira à tarde. E eu como sou meia obsessiva com o riscar coisas da minha lista (só isto dá assunto para vários posts), olho para aquela 3ª feira e não há mas nem meio mas, está na 3ª feira à tarde, vai ser feito na 3ª feira à tarde!


O que é facto é que a minha produtividade aumentou estupidamente! É a verdadeira loucura na power hour. Ninguém se atravesse que há toda uma lista para riscar. O pior é quando não agendo. Porque também procrastino o agendamento :) Ah pois é, tenho que agendar o processo de agendar! ahahah verdade. sou bastante dada a andar ao sabor das ondas e se não me agarro com espartilho é um desvario. Preciso sempre de um pouco de pressão para me mexer. E isto do agendamento pode ser muito óbvio para muita gente, organizada por sinal, mas a minha tendência para arrastar assuntos era por demais enervante e não fui capaz de me organizar por iniciativa própria.


Há muito mais sobre este Happiness Project, assunto que falarei aqui bastante nos próximos posts, pois são mudanças felizes, objectivas e efectivas que ajudam muito a quem anda sempre com a cabecinha na lua, como eu.


Até à próxima 4ª feira! Isto da 4ª feira também já é agendamento. Estou uma verdadeira profissional da felicidade :)

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